quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma nova abordagem sobre a revolta


A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região do Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916, que colocou os nativos contra o governo, as multinacionais e as oligarquias. Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges- religiosos que peregrinavam pelo sertão pregando a palavra de Deus-, figuras muito respeitada por esse povo. No ano de 1912, um monge, conhecido como José Maria, que pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidades, justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, prin- cipalmente de camponeses sem terras e formando povoados que possuíam autoridade própria e igualdade social, ignorando a partir de então qualquer mandado vindo da parte de alguma autoridade da Republica Velha.  
Esses povoados ficaram conhecidos como Contestado e o conflito ganhou feição messiânica, sendo conhecido também  como Guerra Santa. José Maria era estimado pelos seus seguidores –pessoas socialmente desprovidas de tudo- como uma alma boa que surgira para restabelecer a saúde dos adoentados e desprovidos. O costume do monge, de anotar as qualidades curativas das plantas que achava nas redondezas, o ajudou a construir no lote de um dos administradores uma botica, pra melhorar a assistência de quem o procurasse.
O governo federal não viu com bons olhos o trabalho de José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região.
Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Eles pretendiam dar fim aos povoados sertanejos e obrigá-los a sair por bem ou por mau dos territórios dos quais haviam tomado posse, no mês de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e desencadeou  a morte do monge José Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu líder, partem para o extremo, dando inicio a uma guerra civil. Novas sedes foram constituídas por seus sectários, que até este momento não pensavam em se render, mas sim em continuar lutando, desgostando o governo federal que, ávido por acabar definitivamente com esta guerra, resolve usar todo seu poderio militar e abater as últimas fortificações resistentes, utilizando para este fim um grande contingente de soldados equipados com fuzis, cachões, metralhadoras e aviões, nunca antes usados em uma ação bélica desta magnitude.   

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